O Meio é a Mensagem

 

Herbert Marshall McLuhan foi um filósofo e educador canadense.
Introduziu as expressões o impacto sensorial, o meio é a mensagem e aldeia global como metáforas para a sociedade contemporânea, ao ponto de se tornarem parte da nossa linguagem do dia a dia.
Teórico dos meios de comunicação, foi precursor dos estudos midiológicos. Seu foco de interesse não são os efeitos ideológicos dos meios de comunicação sobre as pessoas, mas a interferência deles nas sensações humanas, daí o conceito de “meios de comunicaçao como extensões do homem” (o título de uma de suas obras), ou “prótese técnica”. Em outras palavras, a forma de um meio social tem a ver as novas maneiras de percepção instauradas pelas tecnologias da informação. Os próprios meios são a causa e o motivo das estruturas sociais.” Wikipédia

O Meio é a Mensagem

O meio é a mensagem” → O Meio molda e controla a forma das relações e atividades humanas.
A “Mensagem” traduz-se pela mudança de escala que introduz no cotidiano humano.

Os suportes da comunicação e as tecnologias são determinantes na mensagem: os conteúdos modificam-se em função dos meios que os veiculam” (Marshall McLuhan).

O Meio → não se limita aos meios de comunicação, mas abrange todo instrumento que sirva de extensão de uma capacidade humana. (As roupas são uma extensão da pele, os livros uma extensão dos olhos, etc) Os meios de transporte tendem a alterar nossa relação com o espaço (com aviões uma distância fica aparentemente menor do que se fosse coberta com carroças).

A Mensagem² → Não traz o conteúdo, como por exemplo, perguntar a um poeta o que sua poesia quis dizer. A verdade é que não perguntamos o que quer dizer uma casa ou uma comida porque já temos uma percepção do conteúdo (função e estrutura) desses objetos.
E claro, para os meios de comunicação, o conteúdo representa outro meio.
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Meios frios e quentes

Inteligência coletiva

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O conceito de inteligência coletiva foi criado pelo filósofo Pierre Lévy em seu livro  “inteligencia colectiva. por uma antropologia do ciberespaço”(1994). Ele também professor do Departamento de Comunicação da Universidade de Ottawa sugere que, embora isso é impossível que nós são todos os sábios de tudo, eles mesmos podem ser especialistas em uma pequena área . Assim, se colocarmos todos esses microsaberes, vamos criar uma inteligência coletiva . É, de as palavras do autor, uma “inteligência distribuída por toda parte, constantemente valorizada, coordenada e mobilizada em tempo real.” Uma espécie de cérebro compartilhada é possível a partir da soma de muitas inteligências individuais.

Portanto, é necessário que estas pessoas possam conversar e interagir, o que é muito fácil hoje graças à tecnologia. Internet favorece a coordenação entre microsabios, ou seja, a troca de ideias e conhecimentos , e ainda mais agora que temos esta tecnologia em vários dispositivos do computador.

conhecimento absoluto não é possível, pelo menos, de outra forma não tem sido cientificamente comprovada. Ele é por esta razão que a colaboração de todos para “reconhecimento e enriquecimento mútuo das pessoas é quase vital , e não o culto de comunidades fetichizadas ou hipostasiada”, como Pierre Lévy diz em seu livro.

Ninguém duvida das grandes vantagens que trouxe a criação de mecanismos de busca em relação à questão levantada neste artigo. No entanto, Lévy sempre acreditou que não contribuem para uma exploração optimizada. Como um resultado desses pensamentos, Lévy tem trabalhado todos estes anos na IEML (Information Economy Meta Language), uma linguagem artificial reconhecível e tratável por computadores que expressa as nuances semânticas e pragmáticas das línguas naturais.

É utopia inteligência coletiva? A direção parece ser tomando as novas tecnologias de internet parece que indicam o contrário. O que nós esperamos que o desenvolvimento da inteligência coletiva?

CONCEITO DE INDÚSTRIA CULTURAL ( ADORNO)

 

Apesar de a Indústria Cultural ser um fator primordial na formação de consciência coletiva nas sociedades massificadas, nem de longe seus produtos são artísticos. Isso porque esses produtos não mais representam um tipo de classe (superior ou inferior, dominantes e dominados), mas são exclusivamente dependentes do mercado.

Essa visão permite compreender de que forma age a Indústria Cultural. Oferecendo produtos que promovem uma satisfação compensatória e efêmera, que agrada aos indivíduos, ela impõe-se sobre estes, submetendo-os a seu monopólio e tornando-os acríticos (já que seus produtos são adquiridos consensualmente).

Camuflando as forças de classes, a Indústria Cultural apresenta-se como único poder de dominação e difusão de uma cultura de subserviência. Ela torna-se o guia que orienta os indivíduos em um mundo caótico e que por isso desativa, desarticula, qualquer revolta contra seu sistema. Isso quer dizer que a pseudo felicidade ou satisfação promovida pela Indústria Cultural acaba por desmobilizar ou impedir qualquer mobilização crítica que, de alguma forma, fora o papel principal da arte (como no Renascimento, por exemplo). Ela transforma os indivíduos em seu objeto e não permite a formação de uma autonomia consciente.

Englobando a sociedade como um todo, com um pequeno número de evasão, é quase impossível romper com tal sistema produtivo. Aqueles que se submetem a esse modelo de indústria nada mais fazem que falar de modo diferente a mesma coisa. Porém, uma certa crítica ainda pode ser vista naqueles que fomentam um tipo de arte que produz efeitos estéticos fora da padronização oferecida pela indústria. Mesmo assim, é uma tentativa que fica à margem do sistema porque não agrada àquelas consciências acostumadas com um modelo estandardizado.

O próprio Adorno, como um dos integrantes da Escola de Frankfurt, onde foi desenvolvida a Teoria Crítica, construiu um tipo de música calculada nos moldes das músicas clássicas e eruditas, mas com uma melodia aparentemente horripilante aos ouvidos acostumados aos acordes da música clássica tradicional (leia-se burguesa). Sua pretensão é justamente desacostumar a percepção daquela noção tradicional de ordem e harmonia (já que sua música só parece desarmônica, mas na verdade é totalmente ordenada e arranjada – dodecafônica) prevalecente na cultura burguesa vigente à época.

Para Adorno e Horkheimer, Indústria Cultural distingue-se de cultura de massa. Esta é oriunda do povo, das suas regionalizações, costumes e sem a pretensão de ser comercializada, enquanto que aquela possui padrões que sempre se repetem com a finalidade de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo. E embora a arte clássica, erudita, também pudesse ser distinta da popular e da comercial, sua origem não tem uma primeira intenção de ser comercializada e nem surge espontaneamente, mas é trabalhada tecnicamente e possui uma originalidade incomum – depois pode ser estandardizada, reproduzida e comercializada segundo os interesses da Indústria Cultural.

Assim, segundo a visão desses autores, é praticamente impossível fugir desse modelo, mas deveríamos buscar fontes alternativas de arte e de produção cultural, que, ainda que sejam utilizadas pela indústria, promovessem o mínimo de conscientização possível.

Esfera pública

Esfera pública é a dimensão na qual os assuntos públicos são discutidos pelos atores públicos e privados. Tal processo culmina na formação da opinião publica que, por sua vez, age como uma força oriunda da sociedade sivil em direção aos governos no sentido de pressioná-los de acordo com seus anseios.

A noção de esfera pública tem como aspectos básicos:

a) Discursividade e argumentação: dominada pelo uso da razão, a obtenção de consenso acontece pelo convencimento racional dos antagonistas.

b) Publicidade: o objeto debatido e os argumentos apresentados ganham exposição ou visibilidade.

c) Privacidade: enquanto participante do debate, cada um vale somente pelos argumentos e pela capacidade de argumentar.

Sob a ótica de  Jurgen Habermas, a concepção de esfera pública (Öffentlichkeit, em alemão) é um conceito que abrange diversas dimensões de definição e análise. Sob uma perspectiva antropológica, ela corresponderia ao espaço social de representação pública, ou esfera de visibilidade pública. Sob uma perspectiva histórica, ela assumiria diferentes configurações a depender do contexto sócio-histórico em questão. Por isso, haveria uma esfera pública helência, a feudal e, mais recentemente, a burguesia Sob uma perspectiva normativa das sociedades democráticas contemporâneas, a esfera pública deve designar o conjunto total da visibilidade e discussão pública e sua função principal seria a de influenciar as decisões do sistema político a partir do escrutínio público dos atores e ações da esfera política. Para designar esse fenômeno político complexo, Habermas indica que o poder comunicativo que emana da esfera pública produziria uma espécie de cerco (siege) sobre o poder político.

Nas sociedades democráticas contemporâneas, a esfera pública forma uma estrutura intermediária que faz a mediação entre o Estado e a esfera civil. Em sua concepção, o Estado abarcaria a administração pública e estaria sujeito aos interesses autocentrados de atores políticos. A esfera civil, por sua vez, abarcaria a esfera privada cujo âmbito o Estado, normativamente, não deve intervir. A esfera pública se caracterizaria, sob esse aspecto, pelo lócus de discussão pública entre os indivíduos de uma comunidade política.

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A esfera pública burguesa surge com a imprensa de  Johannes Gutenberge com o parlamento. Essas instituições possibilitaram um maior acesso às informações por parte do público. Seu fortalecimento ocorre a partir do século XIX com a expansão da imprensa livre e e de seu público leitor.

Teoria Hipodermica

Teoria Hipodérmica é um modelo de Teoria da Comunicação, e está alocada na subdivisão da Comunicação denominada Comunicação de Massa, e opera da seguinte forma: supõe-se que uma mensagem midiática enviada a um público de massa afeta da mesma maneira todos os indivíduos.

Os conceitos da Teoria Hipodérmica foram elaborados pela Escola Norte-Americana na década de 1930, e os objetivos do desenvolvimento deste modelo de Teoria da Comunicação giravam em torno da busca por uma maneira de compreender as influências da comunicação no comportamento da população, para a partir disto ser possível pensar estratégias para exercer influência comportamental sobre o povo.

 

Também conhecida por Teoria da Bala Mágica, a Teoria Hipodérmica é assim definida por basear-se da suposição de que todo estímulo causado por uma mensagem enviada terá resposta, sem encontrar resistência do receptor, como o disparo de uma arma de fogo ou uma agulha hipodérmica, que perfuram a pele humana sem dificuldade. A passividade do receptor é a principal característica do indivíduo nesta teoria.

A Teoria Hipodérmica analisa a mídia com embasamento no Behaviorismo, conjunto das teorias psicológicas que definem como principal objeto de estudo psicológico o comportamento.

No entanto, a Teoria Hipodérmica é tida como limitada, por ter um embasamento extremamente simples, considerando a massa de indivíduos receptores completamente homogênea, desconsiderando qualquer particularidade social, política, religiosa ou histórica. Nela, todos os indivíduos são pensados como equivalentes e presume-se que recebam as mensagens da mesma forma.

Tal teoria surgiu no período entre guerras e durante a Segunda Guerra Mundial muitos cientistas foram contratados para estudar a melhor forma de uso da mesma, pois os meios de comunicação de massa tiveram papel crucial no momento de dominar o pensamento da população – a exemplo do rádio, usado por Adolf Hitler para discursar para multidões. A Teoria Hipodérmica está diretamente ligada a formas de dominação social, atreladas a interesses econômicos e/ou políticos.

A Teoria Hipodérmica foi o primeiro modelo de Teoria da Comunicação, após seu desenvolvimento foram produzidos muitos outros estudos comunicacionais, e também surgiram outras diversas Teorias da Comunicação. A Teoria Hipodérmica logo ficou defasada, pois deixava a desejar ao não tratar com devida importância as especificidades sócio-culturais dos sujeitos, por isso logo surgiram outras teorias, melhoramentos da mesma.

A Comunicação de Massa é inerente à sociedade do conhecimento, logo, está em constante mutação. A Teoria Hipodérmica foi o passo inicial para o desenvolvimento dos estudos comunicacionais de massa, que permitem o atual eficiente fluxo ininterrupto de informações, apenas era simplista demais para permanecer por muito tempo em exercício.

Two-step flow

 

Influência de mensagens de mídia

História e Orientação

Two-step flow  ou fluxo de duas etapas da hipótese de comunicação foi introduzido pela primeira vez por Paul Lazarsfeld, Bernard Berelson, e Hazel Gaudet na escolha do povo, um estudo de 1944 com foco no processo de tomada de decisão durante uma campanha de eleição presidencial. Esses pesquisadores esperavam encontrar apoio empírico para a influência direta das mensagens da mídia sobre as intenções de voto. Eles ficaram surpresos ao descobrir, no entanto, que os contatos informais e pessoais eram mencionados muito mais freqüentemente do que a exposição à rádio ou ao jornal como fontes de influência no comportamento de voto. Armados com esses dados, Katz e Lazarsfeld desenvolveram a teoria do fluxo em duas etapas da comunicação de massa.

Pressupostos e declarações principais

Esta teoria afirma que a informação da mídia se move em duas fases distintas. Primeiro, os indivíduos (líderes de opinião) que prestam muita atenção aos meios de comunicação e suas mensagens recebem a informação. Os líderes de opinião transmitem suas próprias interpretações além do conteúdo real da mídia. O termo “influência pessoal” foi cunhado para se referir ao processo que intervinha entre a mensagem direta da mídia ea reação final do público a essa mensagem. Os líderes de opinião são bastante influentes para levar as pessoas a mudarem suas atitudes e comportamentos e são bastante semelhantes às que eles influenciam. A teoria do fluxo em duas etapas melhorou nossa compreensão de como os meios de comunicação de massa influenciam a tomada de decisões. A teoria aperfeiçoou a capacidade de prever a influência das mensagens da mídia sobre o comportamento do público e ajudou a explicar por que certas campanhas de mídia podem ter falhado em alterar as atitudes e um comportamento da audiência. A teoria do fluxo em duas etapas deu lugar à teoria do fluxo multi-passo da comunicação de massa ou difusão da teoria da inovação.

 

Agenda Setting

 

O que é

Segundo os estudiosos, a mídia determina a pauta para a opinião pública ao destacar quais são os temas de maior relevância em relação ao público e quais serão descartados. Sendo assim, pode-se dizer que a Teoria do Agendamento argumenta que existe um filtro de notícias que separa quais delas serão publicadas ou não.

Essa definição teórica se aproxima da realidade e comumente é encontrada nos principais veículos de comunicação, como explica Brum[2]:

“A essência do conceito da teoria do agendamento não está muito longe da realidade, pois se tem constantemente uma enxurrada de informações que são selecionada e dispostas de maneira que algumas noticias recebam uma ênfase maior, como é o caso das notícias que aparecem na cada dos jornais, revistas, telejornais”.

Segundo Vânia Vasques[3], o que pauta um jornal é nada mais nada menos que o departamento comercial do mesmo. Os “patrocinadores” são quem determinam o tamanho da matéria, se irá ser capa ou não ou se apenas uma nota, a intensidade que se dará ao fato. O espaço reservado para uma notícia que deveria, ao menos, ter uma página inteira recebe menos da metade porque este já foi reservado pelo anunciante. Digamos até pior: Casos em que um fato noticioso não foi dado por que o principal envolvido acabara de fazer um “acordo comercial” com o veículo que iria noticiar o fato. Resultado: a troca de uma página de interesse público para uma de interesse do público.

Resumindo, a mídia tem o poder de pautar os temas que serão discutidos no cotidiano das pessoas.

A Hipótese do Agenda Setting

Diálogos sobre um programa de comédia, a relação de um casal na telenovela ou mesmo o desastre que aconteceu em Cingapura que foram vistos no jornal, são pautas para uma conversa dentro de um núcleo social e não deixam de ser fatores influentes que incidem a predominância da mídia nas relações interpessoais, já que os veículos de comunicação estão presentes no cotidiano das pessoas.

Enquanto a mídia deveria retratar a realidade da sociedade e informar, ela cria verdades baseadas em notícias que, muitas vezes, estão diretamente ligadas à interesses pessoais, como explica a repórter Inaê Miranda. Ela cita a dificuldade em extrair uma pauta uma matéria que muitas vezes não existe, mas que as “forças maiores” (editores) insistem em publicar.

Corrente funcionalista (Lasswell)

A Teoria Funcionalista estuda o equilíbrio entre indivíduos e veículos e todo o sistema de transmissão de conteúdo englobado. Trata-se de um estudo sociológico no setor de comunicação, principalmente sobre a mídia de massa.

É funcionalista por tentar entender a função de cada meio comunicativo e a lógica na problemática social.  Relativo ao indivíduo considera o nível social das pessoas atingidas por determinada mídia, o prestígio veiculado nessa relação e as possíveis resistências de recepção do que é veiculado. A teoria sempre defende que a existência de uma mídia deve ser submetida a uma necessidade, existência influenciada por demandas sociais. A teoria funcionalista esteve ligada a estudos desenvolvidos nos EUA, e aos teóricos da Escola de Frankfurt, na Alemanha.

A Teoria Estrutural Funcionalista foi desenvolvida por Harold Lasswell em sua preocupação de analisar e associar ligação entre os meios de comunicação e o seu público. A teoria de Lasswell tinha como princípio quatro perguntas básicas: Quem diz? Em qual meio? Para quem? E com qual consequência?

Essas perguntas buscavam localizar o poder político dos meios e  analisar a relevância de seus conteúdos emitidos. Visavam também subdividir os objetivos de cada mensagem no primeiro momento e nos momentos seguintes. Na análise social de cada meio, visava acompanhar o cumprimento cultural e educativo de uma mídia de massa como instrumento social. A partir dos estudos de Lasswell, iniciou-se uma corrente de estudos e pesquisas nas funções dos veículos de comunicação de massa na sociedade. A teoria aborda constantemente a relação indivíduo, sociedade e mídia de massa, numa preocupação com o equilíbrio do sistema social.

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Teoria matemática da comunicação/informação (Shannon e Weaver)

Teoria matemática da comunicação ou Teoria da informação é a primeira teoria da comunicação que começa a germinar no pós-guerra, no âmbito da matemático e da engenharia elétrica, e ao nível das telecomunicações.

Em julho e outubro de 1948, o matemático estadunidense Claude Shannon (19162001), considerado o pai da teoria da informação, publica o artigo científico intitulado Teoria Matemática da Comunicação (“A Mathematical Theory of Communication”), no Bell System Technical Journal. Em 1949, Shannon com o também matemático estadunidenseWarren Weaver (18941978) publicam juntos o livro Teoria Matemática da Comunicação (The Mathematical Theory of Communication), contendo reimpressões do artigo científico anterior de forma acessível também a não-especialistas – isto popularizou os conceitos

Nestas publicações é apresentado um modelo linear de comunicação, simples mas extraordinariamente eficiente na detecção e resolução dos problemas técnicos da comunicação. A teoria matemática da comunicação visava a precisão e a eficácia do fluxo informativo, procurando não cingir-se apenas à área da engenharia, mas servir de referência a qualquer âmbito da comunicação. Pretendia, assim, ser adaptável a qualquer processo de comunicação, independentemente das características dos seus componentes.

Sinal Sinal (recebido)

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Fonte de Informaçao –> Transmissor –> Canal –> Receptor –> Destinatario

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Fonte de ruido

Esta teoria expandiu-se em 3 níveis:

– Técnico: condições/características técnicas dos dispositivos para uma boa transmissão da informação.

– Semântico: não é um nível importante, pois não interessa o significado da mensagem, mas sim que o que é transmitido é aquilo que é recebido.

– Eficácia: transmissão clara, sem ruído, com que a mensagem é recebida.

Estes são 3 níveis a considerar em qualquer teoria da comunicação, mas, no caso da Teoria Matemática da Comunicação, o nível técnico é o mais importante e o mais desenvolvido. Norbert Wiener também contribuiu para esta teoria, pois foi o “pai” da cibernética, a ciência do controle da comunicação. A sua principal contribuição foi ao nível da aplicação de um conceito de “ruído” não só físico, mas inglobando também tudo aquilo que impossibilita a correcta recepção da informação. A cibernética desenvolveu-se querendo figurar em todas as áreas da comunicação, pois afirma que os princípios da regulação e retroacção dos sistemas são universais, sendo aplicados com êxito a inúmeras áreas de conhecimento.

Escola de Palo Alto

Palo Alto escola “Colégio Invisível” podem ser incluídos na perspectiva interpretativa e está relacionado com o interacionismo simbólico . As duas correntes são realçados por considerar a comunicação como uma interação social, em vez de depender de seus conteúdos. Centra-se na defesa de que as relações sociais estão diretamente estabelecido por seus participantes como sujeitos interagem, assim, a comunicação pode ser entendida como a base de qualquer relacionamento pessoal. A importância da Escola de Palo Alto no desenvolvimento de teorias da comunicação é destacada por alguns autores, como Valbuena, que consideravam a base epistemológica do conhecimento da Teoria Geral de Informação . Seus principais representantes são Gregory Bateson , Ray Birdwhistell ,Don D. Jackson , Stuart Sigman , Albert Scheflen , Paul Watzlawick , Edward T. Hall e Erving Goffman .